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Psiquiatra pede empatia nos comentários após morte de criança de seis anos

A morte de um menino de seis anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, deixou todo o país em choque. A perda de uma criança, aparentemente saudável, é sempre devastador. O caso gerou mais comentários ainda, porque se sabe que a criança tinha testado positivo e tinha tomado a primeira vacina uma semana antes. No entanto, não se sabe quase nada sobre a causa da morte e as especulações podem ser nefastas.

O que se sabe é que o menino deu entrada na urgência com uma paragem cardiorrespiratória, no sábado à tarde. Os médicos tentaram a reanimação, mas o menino acabaria por sucumbir no domingo. De acordo com o DN, o menino tinha testado positivo a Covid na manhã deste sábado e o teste, já no hospital, confirmou a infeção. O menino também estava febril.

Agora, aguardam-se os resultados da autópsia, quando todas as autoridades de saúde foram alertadas, principalmente por causa da vacina. Não existem registos, a nível mundial, de semelhante reação. No entanto, as autoridades investigam para perceber se, neste caso, existe relação de causalidade.

Enquanto muito pouco se sabe, explodem os comentários nas redes sociais e muitos deles já com juízos feitos sobre a vacina e até atribuição de culpas aos pais, por terem permitido a vacinação. Comentários muito feitos, que levam a psiquiatra Ana Vasconcelos a pedir que se calem as redes sociais. E que os pais deste menino precisam de fazer o seu luto, alheios a toda esta maldade.

“Nesta altura, a única coisa a fazer é mandar calar as redes sociais. A pior coisa que há para alguém que entra num desgosto máximo, que é o de perder um filho, para o qual não há palavras para o expressar, as pessoas ficam loucas de dor, é haver situações, comentários, reações que lhes possam colocar um processo de culpabilização em cima ou dúvidas sobre se fizeram tudo o que deviam ou não.

Num caso destes, a empatia com os pais deve ser no estar, pelo modo de se ser pai, avô, filho, amigo, e nunca pelo opinar, pela má-língua de dar opiniões sobre a situação ou sobre culpados”, disse a especialista, em entrevista ao Diário de Notícias.

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