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Família de fuzileiro suspeito faz acusação grave contra a PSP

Os dois fuzileiros suspeitos da morte do agente da PSP Fábio Guerra continuam presos preventivamente. No entanto, não existe ainda qualquer condenação, o que levou a família de um deles, o fuzileiro Cláudio Coimbra, a acusar a PSP de estar a violar a “presunção de inocência”.

Os fuzileiros estão a ser já muito criticados, apesar de ainda não terem sido condenados. Estão apenas na fase em que são suspeitos pela prática de um crime grave. Para a família do fuzileiro, a PSP está a agir como se os seus agentes, que se envolveram na rixa, não tivessem cometido nada de ilícito, atribuindo todas as culpas para os fuzileiros.

Por isso, em comunicado, a família do fuzileiro relembra dois comunicados distintos da PSP, após os incidentes que levaram à morte do agente Fábio Guerra.

Primeiro, a 19 de março, a PSP comunicou que “no local encontravam-se quatro policias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal, para tentaram colocar termo às agressões em curso”.

Depois, a 21 de março, disseram que o agente Fábio Guerra foi agredido durante uma “ação policial”.

Portanto, a família de Cláudio Coimbra acusa: “Já é grave, antes do necessário e legal esclarecimento dos factos, que um OPC [órgão de polícia criminal], no caso a PSP, viole, entre outros, o princípio da presunção de inocência, fundamental para um processo penal justo e equitativo, digno de um Estado de Direito Democrático, como é o caso da República Portuguesa.

Mais gravoso se tornará quando esse mesmo OPC, o leve a efeito, parecendo fazê-lo tendo em vista o estabelecimento de uma narrativa comunicacional, manifestamente ilegítima, de proteção dos seus agentes, que, afinal, sabe-se agora, não eram quatro, mas sim seis, e que, ao contrário do que se possa inclusive pensar, não estavam fardados, não estavam em nenhuma missão de serviço, mas sim, numa saída à noite, perfeitamente habitual em jovens com idades ligeiramente mais velhas do que o nosso filho Cláudio, que tem 22 anos”.

A família do fuzileiro da Marinha teme ainda que este caso já esteja a ser mal julgado e ainda nem começou: “Que justiça poderá ser feita por quem, ainda antes de investigar, já tomou partido”.

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