Televisão

Tony Carreira conversa com Sara Carreira e faz relato arrepiante das idas ao cemitério

Num trágico acidente de viação na A1, em dezembro de 2020, Tony Carreira perdeu a filha, Sara Carreira. Numa entrevista à revista Sábado, o cantor revelou uma prática que o tem ajudado nos momentos mais difíceis – ir ao cemitério conversar com a filha.

Por semana, Tony Carreira visita o cemitério duas a três vezes e permanece lá durante cerca de 10 a 15 minutos. “Converso com a minha filha durante uns 10, 15 minutos, e são poucas as vezes em que saio a chorar. Faz-me bem ir lá”, confessa o artista.

Após a perda da filha, Tony Carreira também se aproximou da Igreja, desenvolvendo uma parte espiritual que até então não tinha explorado. “Gostava de ter tempo e de encontrar as pessoas certas para me entregar à meditação. Não sei se há mais alguma coisa para além disto, mas quero acreditar que sim. Conheci o [cardeal] D. Américo Aguiar no funeral da minha filha. Ele é uma pessoa muito especial, fez-me aproximar da Igreja e tem-me ajudado mesmo muito”, contou, confessando que antes da morte da sua filha, era cético e não acreditava em nada.

Desde a morte de Sara Carreira, Tony Carreira mudou profundamente, mas não sabe explicar de onde obteve forças para suportar uma dor tão intensa. “Não sei onde fui buscar forças para suportar uma dor tão violenta. Há a dor do choque e depois a dor constante. Cheguei a consultar um psicólogo e apenas numa sessão aprendi uma coisa essencial: a importância de ter ferramentas para superar a dor. As minhas ferramentas são as cadelas que eram da Sara, que é algo que está vivo, e a associação em homenagem a ela – e se nos está a ver, não tenho dúvida que tem muito orgulho na família. E, claro, tenho os meus filhos e os meus netos. É assim que consigo continuar”, rematou.

Botão Voltar ao Topo