Irmão de Rogério Samora sem acesso à herança. Pai do ator não sabe nem vai saber da morte

A notícia é avançada pela TV7Dias. Como se sabe Rogério Samora não tinha mulher nem filhos, e a herança do ator será entregue ao pai. Contudo, uma vez que este está com Alzheimer o primo do ator quer ficar como representante legal para gerir os bens herdados.

O pai, Edmundo, e o irmão, Paulo, que vive em Espanha, são os seus familiares diretos. “O pai do Rogério não sabe deste desfecho, nem lhe vou dizer, porque no estado em que ele está só lhe vai fazer mal”, disse à TV 7 Dias o primo, Carlos Samora, sem esquecer que a relação do ator com o irmão era péssima. “Mandei mensagem, mas ele não responde”.

Porém, era precisamente Rogério Samora a admitir que o irmão só o procurava por dinheiro. Foi a Júlia Pinheiro, que o ator contou que a última vez que se tinha emocionado foi num dia em que “estava com uma colega”. “Recebi uma mensagem do meu irmão e emocionei-me. Era uma mensagem muito manipuladora e eu desatei a chorar no meio da rua, e não conseguia parar de chorar”.

Nessa conversa, acusou mesmo o irmão de ter “um grave problema mental”. “Porque é que eu não consigo ter uma relação boa com o meu irmão? Só o dinheiro é que serve de laço familiar”, lamentou.

Agora, sem herdeiros diretos, a herança de Rogério Samora terá de ser entregue aos familiares. De acordo com o Código Civil, não será Paulo a receber os bens do irmão, mas sim o pai, que está num lar, com Alzheimer.

Só que, como está doente e sendo declarado incapaz por um juiz, terá de existir um representante legal que faça a gestão da herança, sem qualquer proveito próprio e sim em benefício de Edmundo Samora. “Em relação à tutela do pai do Rogério, sou eu que vou ficar responsável, se for possível”, admitiu o primo. Só em caso de falecimento do pai é que Paulo terá direito aos bens.

Como se sabe Rogério Samora faleceu, no dia 15 de dezembro, aos 62 anos, depois de longos cinco meses de luta.

O ator esteve internado no Hospital Amadora-Sintra até meados de outubro, altura em que foi transferido para a Unidade de Cuidados Continuados Integrados localizada na freguesia da Encarnação, concelho de Torres Vedras. Tinha voltado recentemente à primeira unidade de saúde, onde acabou por morrer.